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Mostrando postagens de março, 2011

Diz a lenda – Tramela

Por: Beto Ramos Você fechou as portas para nossa história. Suas portas foram usadas como patentes de General. Mas, suas portas não seriam tão importantes, pois estarão nos fundos da história. Você que apontou o dedo simplesmente para deixar vir aos lábios um sorriso de escárnio, saiba que suas portas não seriam obstáculos para quem possui os sentimentos da verdade diante de suas palavras. Os que mostram força como os Generais, simplesmente são expectadores desta nave da criatividade e amor por esta gente que foi criada em quintais que nem mesmo possuíam cercas. Suas portas são regras criadas por você. São portas sem cor alguma. Portas que podem mudar. Esta é a diferença entre ser e estar. A história é história. Estando, seria estória. O nosso horizonte não possui trancas. Talvez você nem mesmo saiba o que é tramela. Mas, as chaves não deveriam possuir cor. Bem, somos história e cultura. Quanto a você, possui apenas a chave que abre ou fecha um corredor que leva os insensíveis para o es

Diz a lenda - O Jardim de nossa casa

Por: Beto Ramos Casas seriam bem tristes sem a beleza de um jardim. Jardins embelezam nossas vidas. Com suas flores de março. Flores do samba. Flores do amor. Flores da amizade. Os jardins de nossas casas são os versos que a natureza nos dá. Sempre tento cultivar em meu jardim, o que de mais belo possa existir dentre as flores. A minha flor é do samba. O seu jardim possui que flor? Para e pense. Jamais poderíamos ser ervas daninhas. As ervas daninhas sempre tentam nascer nos jardins de todos nós para retirar suas alegrias. Como seria o quintal de sua casa? Possuiria um jardim? As mudas das ervas daninhas que falam muito e nunca foram mudas, sempre chegam em silêncio. Querem ser belas. Desejam falar bonito. Carregam dentro de si o ranço de nunca ter pertencido a um belo jardim. A minha flor é do samba. É uma flor cheia de alegria. Nascida dentro de uma poesia. Poesia que fala dos nossos jardins. E os nossos jardins existem dentro de um coração chamado Porto Velho. Você já regou hoje o s

DIZ A LENDA - MÁQUINA 18

Eu vi o trem partir diante dos meus olhos fechados. Era um sonho com um piui de saudade. Vem a Máquina 18 sem pressa de chegar. Trazendo menino buchudo, mulher buchuda, homem buchudo e o filho do Buchudo, com um saco de farinha para comer com peixe frito lá no triângulo. Partiu a Máquina 18, consegui avistar com os meus olhos de esperança que o maquinista era o Zé Áureo. Menino criado em terreiro sem muro e com algumas cercas. Então ele estende a mão e convida a nossa gente, para partir no sonho de todos nós. E saio correndo atrás do apito do trem. Corro mais. Fico cansado. O Áureo com a mão estendida. Os meus olhos continuam fechados. Assim como os olhos de alguns. O trem então passa devagarzinho para que todos possam ouvir a batida de um surdo de marcação. Piui tum tum, piui tum tum. Parece um samba dos tempos áureos de nossa música. Eu vi o trem passar. Zé Áureo, vamos convidar todas as pessoas que os nossos sonhos possam alcançar, para conhecerem o que é bom. Bom mesmo é amar Porto

DIZ A LENDA - A MAIS LINDA FLOR DO SAMBA

Autor: Beto Ramos Um samba simples dedicado a algumas folhas mortas que ocupam o nosso Mercado Cultural e a nossa querida Porto Velho com suas vaidades e descompromisso com a história de nossa gente. As folhas mortas jogadas ao vento apenas servem de adubo para fazer florescer as sementes plantadas por quem sabe o quanto é importante amar Porto Velho. Obrigado Sílvio pelas críticas construtivas. Sendo o menino buchudo que você sempre foi, acredito que a intenção é a de crescermos juntos. Ao velho Ernesto Melo fica o agradecimento pela contribuição como poeta da cidade, ao crescimento de nossa cultura beradeira. Chegando os ventos da bonança, algumas folhas serão levadas para algum lugar, longe de quem compreende para crescer. A luz do samba fez brotar Uma linda flor veio brilhar Um terreiro de bamba Luz dos meus olhos A mais linda flor do samba A mais linda A mais linda flor do samba Nascida na nossa história No samba a nossa vitória Razão de todas as glorias Vem Cantar Vem Cantar Co

DIZ A LENDA – LÁGRIMA E BARRANCO

Vi o barranco desmoronando, sendo levado pelas lágrimas do Rio Madeira. Vi nas lágrimas barrentas a alegria e a tristeza de minha gente. Toras de madeiras descendo meio às lágrimas, parecendo pedaços de todos nós, meio aos soluços vindos juntos do vento. Dentro de uma canoa no frio da manhã, o velho beradeiro com o rosto cheio das marcas do tempo jogava sua linha para saciar sua fome que é a fome de todos nós. O barranco desmoronando, o rio engolindo os nossos distritos, histórias de nossas almas que choram sozinhas esquecidas afogando-se nas lágrimas do rio caudaloso. Acho que vou chorar. Não, lavei o meu rosto nas lágrimas do nosso Rio Madeira. A tristeza do rio é seguir o seu rumo que não mereceria ser modificado pelo monstro do progresso. E os beradeiros como eu, ficam na margem olhando o barco passar. São crianças, mulheres e homens que sorriem. Eles sabem das lágrimas do rio. O rio não chora sozinho. O poeta chora sozinho. O barranco vai dando adeus e se desfaz meio as lágrimas b

Diz a lenda – Porto das esperanças

Beradeiro. Sou beradeiro. Amo Porto Velho, assim como amou meu avô, como amou meu pai. Amo as águas barrentas do Rio Madeira, pois elas renovam o amor por esta terra querida. Amo a E.F.M.M., pois aquela fumaça embriaga-me num verso cheio de inspiração por nossa cidade. Amo as Três Marias, com sua praça cheia de crianças e muita história. Amo o Mercado Cultural com seu passado cheio de cinzas e com o vôo da fênix beradeira do nosso centro histórico. Amo o Mercado Central e suas bancas com o sabor da nossa história. Amo o bairro Caiari que foi o primeiro conjunto de casas do nosso Brasil. Amo a Banda do Vai Quem Quer e vou vestido de mulher. Beradeiro. Sou beradeiro. Nascido na Maternidade Darcy Vargas. Amo meus amigos eternos: Ernesto, Sílvio, Bainha, Mado, Oscar, Audizio, Tatá, Hugo, Karatê, Paulinho Rodrigues, Zé Áureo, Mávilo, Anísio Gorayeb, Basinho, Bubu, Rita Queiroz, professora Ieda, é beradeiro que não acaba mais. Amo Os Diplomatas do Samba, Asfaltão, Rádio Farol, Armário Grande

TÍTULO MANCHADO – VALE A PENA SER VILÃO???

O jornalista Boris Casoy, âncora de um importante jornal de uma emissora da televisão brasileira, costuma utilizar o bordão “ISTO É UMA VERGONHA”, para expressar sua indignação contra as mazelas, falcatruas e absurdos cometidos em nosso país, pois bem farei uso dessa expressão para tornar público o meu descontentamento contra a balburdia, provocada pela turma do mal, que tomou conta do nosso carnaval. Há um grupo de pessoas nefastas e desprezíveis, no meio carnavalesco, que faz de tudo para conquistar benefícios, tal e qual se fazia lá nos tempos milenares da antiga Grécia, Roma e Egito para se chegar ao poder, tais como, matar pai, mães, irmãos e outros parentescos. Essas pessoas, travestidos de bons moços são o há de pior em se tratando de honestidade, decência e moral. O título de carnaval assoberbado pela escola de samba “OS DIPLOMATAS” , da forma sacana, sínica e desleal não contribui em nada para a melhoria e a credibilidade do carnaval de rua de Porto Velho, notadamente no que d

Banda do Vai Quem Quer - 2011

O segredo da vida é ser feliz!