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Mostrando postagens de julho, 2010

Antônio Serpa do Amaral - Basinho

Por Beto Ramos Um surdo na marcação. Uma batida nos nossos corações. Um verso em forma de olhar. Um tempo para se guardar. Mano velho basinho, você é especial! Você está nos céus de Rondônia! Sua palavra é fundamental. Seu bom senso é música para nossas almas. Quando o Bubu disse que nunca cantou em um teatro, foi você que sacou que aquilo era de coração. Cristo negro...e sua força estranha. Aquele lugar no surdo de marcação sempre será seu. Você faz parte de nossa história. O velho Basinho. Cabaré também é cultura. E não adianta torcer o nariz. Um surdo na marcação. A poesia se fazendo presente muitas vezes no seu silêncio. E que venham os bocas do inferno, eles saberão a nossa realidade. Bem que o Saramago poderia ter levado alguns né mano velho? E o seu violão...muitos ainda precisam saber do seu talento. Conhecer suas canções. O prefeito não foi ao mocambo, nem veio ao mercado cultural. Só aparece em ocasiões especiais. E nós não somos especiais? Até os mortos da candelária gritam

O SAMBA NOSSO DE CADA DIA

Por Beto Ramos Somos uma realidade neste terreiro chamado Brasil. Buscamos sempre a valorização do nosso povo, de nossa história. Quando falamos em cultura não falamos em uma só estrela , mas, direcionamos nossas palavras para uma constelação quando o nosso ceu se faz moldura. Porto Velho necessita de ações sérias voltadas para nossa gente. Não precisamos de palco para encenações políticas. Precisamos de uma valorização permanente e não a conta gotas. Minhas palavras são simples. Mas a intenção é a de realmente cutucar a onça com vara curta. Só não me venham com discursos com um certo ar de hipocrisia. Assumir os louros da vitória é muito fácil. O difícil e complicado é estar diante de nossa população e fazer acontecer muitas vezes sem a devida condição, ou estrutura básica para levar a nossa história através do samba que é a nossa bandeira. Alguém precisa mostrar o rosto para criticas. E nós fazemos isso muito bem, pois o artista não precisa somente de elogios. O artista necessita de

“Serraria das 11 horas”:

Ai...mas que prosa, a serraria das 11 horas. Eu fico olhando essa gente Com jeito inocente Se dando bem Pensando enganar todo mundo, Pensando que todos São uns “Zé Ninguém”. Precisam é ver o Amadeu Só pra ver como ele está. O que botava a lenha na caldeira Pras 11 horas, a serraria apitar. Essa gente amigo, Nem sabe o que quer, Nós damos pão, nós damos água Ainda querem o nosso café. Pois é. Mas como dói! Autor: Poeta Dada do Areal

Loucura

Fiz uma canção para José Fiz uma canção para Maria Fiz uma canção para todos Cantei para o dia Cantei para o entardecer Cantei ao adormecer Cala a boca menino Vai dormir Tu vai morrer de fome se viver de cantar Fiz uma canção para o silêncio E no silêncio preciso manter o meu olhar Fiz uma canção sem fazer uma canção pois jamais irei cantar Fiz um verso quadrado sem rima sem rumo sem sal sem bebida fiz uma canção pois o fiz estava errado Então faça você uma canção Adeus pois fiz uma canção com crase sem crase Fiz uma canção quando é a pessoa a quem se diz Não fiz nada A vaidade é uma canção triste Então faça você a sua canção Beto Ramos

ATUALIZANDO O REAL

O Mané ouviu a canção O Mané perdeu a emoção O Mané que não soube calar E falou E falou O que queria sem pensar O Mané foi o opressor E o oprimido cantou Cantou a sua melodia Naquele prisma luminoso Você precisa ver, para sabe como é, que andava o trem da Madeira Mamoré Andava o trem e não precisava do Mané Obrigado Mané Pelas considerações As suas palavras trazem inspirações Para dizer Que falar demais é coisa de Mané E você sabe que na verdade só pode existir um Mané O que fala demais O que fala demais O que fala demais

SEM TEXTO

Chegou em silêncio, os olhos cheios de brilho. Chegou sem voz, bem vestido. Uma majestade de passos lentos, sorriso largo. Chegou em silêncio querendo abrir o bar. Chegou junto com o tempo, que passou e marcou nossas vidas Chegou para ficar. Em silêncio olhou a todos nós Sorriu, tomou alguma coisa, pegou a viola e cantou. As estrelas dançaram no céu, a noite se iluminou, e sua majestade o samba pediu passagem, sentou e ficou em silêncio. Observou o nosso terreiro, e não se envergonhou pois voltou a sorrir Depois chegaram tantos outros e sua majestade ali imponente, sem fazer barulho algum. A todos observava em silêncio, com olhos cheios de brilho com aquele sorriso cheio de ternura, deixou sobre nós o seu manto. Levantou-se, estendeu a mão, acenou, despediu-se, em silêncio permaneceu. Novamente seus passos lentos, olhou para todos e partiu. Então fomos abençoados pelo samba que fez morada em nossos corações. Beto Ramos 21/07/2010

GRUPO KIZOMBA AXÉ

O Grupo Kizomba Axé foi criado no ano de 1988, ano em que se comemorava o centenário da libertação dos escravos no Brasil. Neste mesmo ano a Escola de Samba Unidos de Vila Isabel sagrava-se campeã do carnaval do Rio, com o tema de enredo KIZOMBA, A FESTA DA RAÇA, criação de Martinho da Vila e samba de enredo de Rodolfo, Jonas e Luiz Carlos da Vila. De norte a sul, de leste a oeste do Brasil, com a introdução de novos instrumentos, tais como, banjo, tan-tan e repique de mão, surgia um surgia, nas vozes de Almir Guineto, Fundo de Quintal, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, dentre outros, um novo jeito de tocar samba, o pagode. Foi nesta efervescência e neste contexto cultural, com o lema “Nem melhor, nem pior, penas um pagode entre amigos” que nasceu, em Porto Velho, o Grupo Kizomba, formado inicialmente por Cristóvão (cavaquinho), Bebeto (voz e pandeiro), Neguinho (tan-tan de viração), José Áureo (tan-tan de marcação), Oscar (repique de mão) e Zé Baixinho (tamborim). O nome do grupo, dentr

Bibliotecas Comunitárias

Participe da campanha para arrecadação de vite mil livros e revistas, que formarão dez novas bibliotecas comunitárias nos locais: distritos de Calama e São Carlos; nos bairros periféricos de Porto Velho e nos presídios. Os livros e as revistas podem ser entregues em quaisquer igrejas da Assembléia de Deus nos bairros de Porto Velho. Este trabalho está sendo desenvolvido pelo projeto Evolução. Esclarecimento ou informação, ligar para (69) 9286-1626, ou antoniocasamenteiro@hotmail.com / antoniocasamenteiro@gmail.com.