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GRUPO KIZOMBA AXÉ

O Grupo Kizomba Axé foi criado no ano de 1988, ano em que se comemorava o centenário da libertação dos escravos no Brasil. Neste mesmo ano a Escola de Samba Unidos de Vila Isabel sagrava-se campeã do carnaval do Rio, com o tema de enredo KIZOMBA, A FESTA DA RAÇA, criação de Martinho da Vila e samba de enredo de Rodolfo, Jonas e Luiz Carlos da Vila.
De norte a sul, de leste a oeste do Brasil, com a introdução de novos instrumentos, tais como, banjo, tan-tan e repique de mão, surgia um surgia, nas vozes de Almir Guineto, Fundo de Quintal, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, dentre outros, um novo jeito de tocar samba, o pagode.
Foi nesta efervescência e neste contexto cultural, com o lema “Nem melhor, nem pior, penas um pagode entre amigos” que nasceu, em Porto Velho, o Grupo Kizomba, formado inicialmente por Cristóvão (cavaquinho), Bebeto (voz e pandeiro), Neguinho (tan-tan de viração), José Áureo (tan-tan de marcação), Oscar (repique de mão) e Zé Baixinho (tamborim). O nome do grupo, dentre vários apresentados foi sugerido por José Áureo, em alusão ao citado enredo da Vila Isabel. As primeiras apresentações tiveram lugar no “Bar Cerveja na Cuia”, localizado na confluência das ruas Sete de Setembro e Nações Unidas, próximo de onde hoje é a Casa do Camarão. A partir de então o grupo tornou-se um dos grandes expoentes do samba e do pagode sendo contratado para se apresentar em vários bares da cidade, como, Geladão, Bar da Glorinha, Bahamas, Papos e Amigos, Show Papos, Jockey Club, Companhia Night Club, Ingazeira Bar, Mirante 2, entre tantos outros.
O Grupo ganhou maior projeção e seu nome rompeu fronteiras, o molho, o suingue, a simpatia e a interação com a platéia, cativou ainda mais o público e os shows passaram a acontecer também fora do município de Porto Velho, como por exemplo, Guajará Mirim, Ji-Paraná, Humaitá, Bolívia, Manaus, Cerejeiras e Ariquemes. Periodicamente, geralmente no mês de dezembro de cada ano, o grupo promovia uma grande festa de congraçamento do mundo do samba na cidade, chamado de “Encontro de Pagodeiros”, repleto não só de sambistas, de grupos de pagodes, como também participações especiais de grandes valores da terra, como Bainha, Silvio Santos, Babá, Torrado, Gilson, Catê, Orlando Surita, Késia, Bado, etc. A atração principal ficava por conta de um cantor de renome nacional. Royce do Cavaco, Bezerra da Silva, Dominguinhos do Estácio, Neguinho da Beija-Flor, foram algumas das atrações apresentadas. Além de todas essas apresentações um momento muito especial, foi a participação do grupo no memorável show “Mulheres” de Martinho da Vila, na quadra do Botafogo, em 1999. Naquela ocasião o grupo ofereceu ao sambista uma placa comemorativa em reconhecimento aos brilhantes serviços prestados à música popular brasileira, sendo a mesma entregue pelo músico Oscar Knightz.
Em meados da década de 90 novos componentes passaram a fazer parte do conjunto, tais como, Nicodemos (violão), Mestre Alcimar (cavaquinho), posteriormente, a voz maravilhosa de Marcello Luna e Ney do Cavaco, que a princípio ingressou tocando teclado, depois passou a tocar cavaco no lugar do Cristóvão que se mudou para outro estado. No final dessa década e inicio do ano 2000 o grupo chegou a ser formado por: Alcimar (banjo), Ney (cavaquinho) Nicodemos (violão), Nica (guitarra), Davi (baixo), André (teclado), Chicão, depois, Robson (bateria), Oscar (percussão), Áureo (surdo), Neguinho (tan-tan), Marcello Luna e Marquinhos (vocais). Fizeram parte ainda da história do grupo os seguintes músicos: Norman Junior (violão), Cleide e Lili de Lima (cantoras), Birivaldo (percussão), Maisena, Casemiro, Russo e Paulo (baixo), Fernando, Telêmaco, Paulinho (bateria), Gueri (teclados), dentre outros.
O Grupo Kizomba, além dos bares já mencionados, tocou nas casas mais famosas da cidade, e por onde se apresentou, sempre defendendo e levantando a bandeira do samba, fez muito sucesso. Eis algumas das principais: Boungainville, Tom Brasil, Companhia, Botafogo, Telha de Barro, Folias e Pagode, Moto Clube, Tênis Clube, Ipiranga, etc.
Agora, nesta nova era, a moçada um pouco mais vivida, retoma o caminho e se apresenta no Mercado Cultural, no Projeto a FINA FLOR DO SAMBA, prometendo reviver grandes sucessos do passado e também do presente, em um belo show.

Fonte:Oscar Dias Knightz

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