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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Diz a lenda - Seu Manelão

Por: Beto Ramos Seu Manelão cadê você? A Banda vai com o jeito do General. Deixe a chave do céu para lá. Era para você abrir o nosso carnaval. Venha brincar com sua corte que somos todos nós. Mas, se for para ter carnaval no céu, está tudo bem. Lá no andar de cima já existe uma Banda de anjos tortos numa folia imensa pela sua chegada. Seu Manelão cadê você? A vida muitas vezes segue na contramão. O Léo está cheio de razão. Você é o nosso Marechal. Lembro-me quando você ia à casa de meu pai e dizia que o lugar era tão pequeno que era preciso dormir em pé. E meu pai também está lá em cima lhe aguardando. Você vai fazer falta. Mas, a Banda precisa passar. Na contramão como sempre. Uma contramão que é a vida de todos nós. Sempre chega o dia de um adeus. Mas, como sempre foi sua vida, haveria de ser na época do carnaval. Vou continuar saindo de mulher. Os metralhas estão aí meio ao nosso carnaval, fazendo da realidade suas fantasias. E mais de cem mil pessoas irão chorar. E a Banda vai ser

Diz a lenda - PORTO SOLIDÃO I

Por: Beto Ramos No meu porto de solidão, ancorando a nostalgia, vem a lembrança de uma Porto Velho que até outro dia quase cabia na palma de uma mão. Coisa alguma era distante. Todos se conheciam. E tudo mudou. Chegaram os prédios e um monte de automóveis. O que era visto antes na televisão, agora vivemos ao vivo e a cores. Temos até engarrafamento. Ao descer a ladeira ao lado do Palácio Getúlio Vargas, são pouquíssimas as pessoas que conhecemos. Então, vou ficando com os meus ouvidos bem abertos para ouvir as histórias e estórias da nossa gente. No meu porto de solidão, existia a lagoa do Boi que ficava na Rua Getúlio Vargas próximo a Avenida Carlos Gomes. Dizia meu avô que ali havia morrido um boi afogado. Na esquina da Getúlio com Carlos Gomes, morava o seu Bastos que fazia colchão de campim. Na Rua Salgado Filho com a Avenida Carlos Gomes morava o seu Biô, que gostava sempre de tomar algumas a mais. Na Getúlio com a Rua Duque de Caxias, fica a Taberna Pindaré. Neste espaço passei

Camisa GRES - Rádio Farol - Arte Beto Ramos

Restauração de imagens/Dr. Renato Medeiros - Beto Ramos

Restauração de imagens/Casa onde nasceu Dr. HUgo - Arte Beto Ramos

Camisa A Fina Flor do Samba - Arte Beto Ramos

Convite Rebeca - Arte Beto Ramos

Fotomontagem - Arte Beto Ramos

Trabalho como designi gráfico/Carnaval 2011 - Beto Ramos

DIZ A LENDA – LUZ NO CENTRO HISTÓRICO

Por: Beto Ramos O samba estava muito bom! A sintonia era perfeita entre a população e os músicos. Há muito tempo que não existia tanta calmaria no Centro Histórico de Porto Velho. Quem controlava a hora perdeu o tempo dentro da história. Ver o poeta feliz ilumina ainda mais nossa Porto Velho que tanto amamos. O único choro que ouvimos, foi o chorinho comandado por Ênio Melo, Walber e França. Assim é A Fina Flor do Samba. Uma formação de sambistas que fazem valer o esforço de levar ao grande público o que existe de melhor no samba em Porto Velho e no Brasil. Quando o combinado é mantido tudo é uma festa de alegria. O samba é samba quando estamos com Ênio, Walber, França, Basinho, Oscar, Karatê, Áureo, Sérgio Ramos, Walber do Pandeiro, Beto Ramos, Hudson, Cristovão, João Carteiro, Willian, Coimbra, Neguinho e o nosso poeta da cidade Ernesto Melo. A quarta-feira é boa? Sim! A quinta-feira é boa? Sim! O sábado é bom? Sim! Mas, a sexta-feira com “Ernesto Melo e A Fina Flor do Samba” é a l

Diz a lenda - Sambista?

Por: Beto Ramos O samba é muito triste. Triste assim como as palavras que magoam a alma do sambista. A tristeza do sambista é o silêncio sem prantos. O sambista que deixa seu pranto pelo caminho nem deveria existir. O caminho do sambista é feito muitas vezes de silêncio. O silêncio pode perceber os devaneios de quem faz barulho em vão. O samba é muito triste. Existe uma tristeza sem palavras. Eu que não sou sambista posso cantar minha tristeza em qualquer caminho. Triste é o caminho de quem chega quase calado, e faz logo do seu silêncio um motivo para magoar quem não é sambista. Triste é o choro sem lágrimas. A alegria das lágrimas fica no que elas fazem brotar. Eu que não sou sambista, posso chorar. Choro em silêncio sem falar o que não é preciso. O samba é triste. Eu que não sou do samba com certeza não desperdiçaria minhas lágrimas com palavras sem nenhuma importância para o meu sorriso. Precisando, guardo o meu reco e fico apenas com o silêncio do meu diz a lenda. O samba é muito t

DIZ A LENDA – PRESENTE DE GREGO

Por: Beto Ramos Vai. Busca o teu sonho. Canta como um passarinho, que mesmo sem ninho, canta como um menino do Brasil. Vai. Leva o teu canto aos Arcos da Lapa. Deixa que o brilho dos teus olhos também seja a nossa esperança. Faz o teu ninho em qualquer lugar do Brasil. Vai. Deixa a felicidade em todos nós. Canta o teu povo. A tua gente. Os amores e suas crises. Rondônia é bem maior que o abraço de alguns. Se o amor não tem idade, a esperança é nossa realidade. Cerveja gelada é coisa de sambista. Vai. Leva contigo um pouco de todos nós. O samba quando é samba ele é de todo o Brasil. Veste a tua camisa e mostra a frase “EU SOU DO SAMBA”. Meu caro Beto Cezar que já foi carimbó vai e leva o teu sucesso que é todos nós. Só não me volte com um presente de Grego. Vou querer o seu CD e não o do Neguinho da Beija-Flor que era do Karatê. Vai. Nunca esqueça que quando nosso céu se faz moldura, nós os bandeirantes de Rondônia nos orgulhamos de sermos caboclos e beradeiros. Diz a lenda