Por: Beto Ramos Meu avô Aluízio, partiu pro andar de cima há muito tempo. Mas, deixou para mim um exemplo de bom senso e honestidade. O olhar do meu avô já era uma sentença. Ele não desperdiçava palavras com coisas pequenas. Meu avô cortou carne no antigo Mercado Modelo, hoje, Mercado Cultural. Na época em que a carne vinha da Bolívia. A única vez que vi meu avô fazer algo escondido, foi quando casei com Rosimere. Alguns dias antes do meu casamento, ele me chamou num canto do quarto, e foi falando: - Pegue meu filho, é pra você começar sua nova vida! - Mas, não conta nada pra velha, que era minha avó, pois ela vai querer um monte de explicação! Eram duzentas pratas da época. Bem, foi uma força danada, pois eu e Rosi só tínhamos um colchão, uma geladeira usada e um fogão sem bujão de gás, que no dia do casamento, meu primo Marconi deu de presente para nós. Meu avô pescava com flecha. Ficava em silêncio por horas. Parecia uma figura incorporada na floresta. Meu avô tra...
(69) 99268 - 6356 betoramospvh5@gmail.com