"Obrigado amigo pelo comentário!
É bom saber que não somos um execito de um homem só!
A beleza do ser humano nasce na alma!"
Beto Ramos
RONDÔNIA DOS MEUS AMORES
Não quis publicar nada meu – diretamente – aqui no blog a respeito do que o palhaço Rafinha Bastos – do CQC – falou a respeito de Rondônia.
Não achei que valesse a pena tratar de uma pessoa que não conheço, que não faço questão de conhecer, que faço questão de não ser apresentado. (que, e não quem, pois não considero que mereça tratamento personal). Cerco-me de pessoas cultas – não necessariamente eruditas, pois estas, na grande maioria, não o são na realidade.
Mas o texto do Beto Ramos é uma poesia. E uma poesia merece ser tratada com amor. Esse sentimento enorme que balança todas as outras emoções.
Quando falamos de Rondônia, falamos com amor. Do amor.
Não sou nativo desta plaga. Sou de Maceió. Capital linda e hospitaleira. Povo simples e hospitaleiro. Cercada de recifes de corais, Maceió proporciona ao turista um verdadeiro banho de piscina natural, afastado centenas de metros da areia de Pajuçara.
Cresci no Rio de Janeiro – a Cidade Maravilhosa. Foi lá que frequentei a Universidade Católica, na Marquês de São Vicente, Bairro da Gávea, quando a Rocinha já era – então – uma das maiores favelas do País.
Conheci Porto Velho num daqueles “intervalos” da infância. Foi paixão repentina e verdadeira. Imorredoura. Inesquecível.
Ao sair da PUC peguei na alça da mala e voltei a Rondônia. Coração dividido, ainda, quando às narinas aflorava o cheiro de mar, colocava uma passagem no bolso, esperança no coração e lá voltava às praias salgadas do litoral.
Lá, passava por aperto igual, quando sentia o aroma das flores da mata, o cheiro do buriti, gosto de açaí… passagem no bolso, esperança na alma e… Porto Velho aqui estou eu.
A poesia de Beto Ramos me faz voltar àqueles tempos. Idas e vindas… até descobrir a poesia-mulher. Mulher de Rondônia. Portovelhense da gema, da clara e casca. Que seria a mãe de meus filhos.
Curiosidade. Filha de alagoano e pernambucana.
Eu, alagoano, filho de alagoanos.
Nordestino de cara e alma. E apaixonado pela Amazônia.
Aqui tem um quê diferente do restante do Brasil. Um quê que não se encontra em lugar nenhum deste imenso Brasil.
Aqui encontramos todos os brasis. De Norte a Sul, de Leste a Oeste. Todos os estados de nossa federação, inclusive o Distrito Federal estão representados com seus filhos laborando e vivendo em harmonia perfeita com estas paragens.
E o quê de diferente é exatamente por não encontrarmos nenhuma capital tão cosmopolita assim, dentro do imenso (repito) território brasileiro.
Posso acentuar a veemência dessa afirmação. Conheço 24 das 27 capitais brasileiras. E não é fácil encontrar rondonienses por aí. Muito menos portovelhenses.
Essa é uma particularidade nossa.
Talvez isso seja o que Rafinha chamou de “feio”. Talvez por isso ele tenha se referido a Satanás como filho de Rondônia. Ele não sabe mais o que é belo e harmonioso. Sequer acha seu corpo belo, tanto é que deformou-o com garatujas.
Rafinha não sabe que aqui temos CTG (ele sabe o que é isso?). Não sabe que aqui temos rodeios à moda barretense. Não sabe das nossas Escolas de Samba, Bumba-meu-boi e Boi-bumbá (será que conhece a diferença?).
Rafinha não sabe que seus conterrâneos são pais dessa “gente feia” que viu quando passou por aqui. Não sabe que seus vizinhos do andar de cima encontraram aqui refúgios para as tragédias de suas origens. Não sabe que a hospitalidade daqui se deve, exatamente, a essa mistura de culturas de todos os cantos do Brasil. E desdenha por não saber, sequer, o que é cultura.
O texto de Beto Ramos retrata bem porque amamos tanto Rondônia e mais ainda Porto Velho.
É bom saber que não somos um execito de um homem só!
A beleza do ser humano nasce na alma!"
Beto Ramos
RONDÔNIA DOS MEUS AMORES
Não quis publicar nada meu – diretamente – aqui no blog a respeito do que o palhaço Rafinha Bastos – do CQC – falou a respeito de Rondônia.
Não achei que valesse a pena tratar de uma pessoa que não conheço, que não faço questão de conhecer, que faço questão de não ser apresentado. (que, e não quem, pois não considero que mereça tratamento personal). Cerco-me de pessoas cultas – não necessariamente eruditas, pois estas, na grande maioria, não o são na realidade.
Mas o texto do Beto Ramos é uma poesia. E uma poesia merece ser tratada com amor. Esse sentimento enorme que balança todas as outras emoções.
Quando falamos de Rondônia, falamos com amor. Do amor.
Não sou nativo desta plaga. Sou de Maceió. Capital linda e hospitaleira. Povo simples e hospitaleiro. Cercada de recifes de corais, Maceió proporciona ao turista um verdadeiro banho de piscina natural, afastado centenas de metros da areia de Pajuçara.
Cresci no Rio de Janeiro – a Cidade Maravilhosa. Foi lá que frequentei a Universidade Católica, na Marquês de São Vicente, Bairro da Gávea, quando a Rocinha já era – então – uma das maiores favelas do País.
Conheci Porto Velho num daqueles “intervalos” da infância. Foi paixão repentina e verdadeira. Imorredoura. Inesquecível.
Ao sair da PUC peguei na alça da mala e voltei a Rondônia. Coração dividido, ainda, quando às narinas aflorava o cheiro de mar, colocava uma passagem no bolso, esperança no coração e lá voltava às praias salgadas do litoral.
Lá, passava por aperto igual, quando sentia o aroma das flores da mata, o cheiro do buriti, gosto de açaí… passagem no bolso, esperança na alma e… Porto Velho aqui estou eu.
A poesia de Beto Ramos me faz voltar àqueles tempos. Idas e vindas… até descobrir a poesia-mulher. Mulher de Rondônia. Portovelhense da gema, da clara e casca. Que seria a mãe de meus filhos.
Curiosidade. Filha de alagoano e pernambucana.
Eu, alagoano, filho de alagoanos.
Nordestino de cara e alma. E apaixonado pela Amazônia.
Aqui tem um quê diferente do restante do Brasil. Um quê que não se encontra em lugar nenhum deste imenso Brasil.
Aqui encontramos todos os brasis. De Norte a Sul, de Leste a Oeste. Todos os estados de nossa federação, inclusive o Distrito Federal estão representados com seus filhos laborando e vivendo em harmonia perfeita com estas paragens.
E o quê de diferente é exatamente por não encontrarmos nenhuma capital tão cosmopolita assim, dentro do imenso (repito) território brasileiro.
Posso acentuar a veemência dessa afirmação. Conheço 24 das 27 capitais brasileiras. E não é fácil encontrar rondonienses por aí. Muito menos portovelhenses.
Essa é uma particularidade nossa.
Talvez isso seja o que Rafinha chamou de “feio”. Talvez por isso ele tenha se referido a Satanás como filho de Rondônia. Ele não sabe mais o que é belo e harmonioso. Sequer acha seu corpo belo, tanto é que deformou-o com garatujas.
Rafinha não sabe que aqui temos CTG (ele sabe o que é isso?). Não sabe que aqui temos rodeios à moda barretense. Não sabe das nossas Escolas de Samba, Bumba-meu-boi e Boi-bumbá (será que conhece a diferença?).
Rafinha não sabe que seus conterrâneos são pais dessa “gente feia” que viu quando passou por aqui. Não sabe que seus vizinhos do andar de cima encontraram aqui refúgios para as tragédias de suas origens. Não sabe que a hospitalidade daqui se deve, exatamente, a essa mistura de culturas de todos os cantos do Brasil. E desdenha por não saber, sequer, o que é cultura.
O texto de Beto Ramos retrata bem porque amamos tanto Rondônia e mais ainda Porto Velho.
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