Então...
Dia de despertar
Resolvi me vestir de passarinho
que ficou muito tempo
preso na gaiola do coração
Logo eu
que por tanto tempo
ficou sem palavras
e aprisionado na solidão
Fechando os olhos
voei do precipício do ócio
e abri as asas da liberdade
meio as mangueiras
biribazeiros
pupunheiras
e buritizeiros
Com voos rasantes
percebi que o céu azul
cantado por poetas
estava enegrecido
Gaiolas de fumaça
no horizonte
manchavam o nosso
céu azul
Vai pássaro bobo
te mete a voar
nesse céu de baladeira
que desconhece
a grandeza das asas
do futuro
Voltei pro nosso quintal
que tem cidreira
mamoeiros
cajarana
e uma laranjeira
que está me olhando
com cara de limoeiro
Parece que está falando
“TELÉSÉ?”
Beto Ramos de Oliveira
20/10/22
(69) 99268 - 6356 betoramospvh5@gmail.com
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